quarta-feira, 18 de agosto de 2010

* Menina com Olhos de Sol *




 * Menina com Olhos de Sol  *

Menina dos olhos de sol busca a felicidade.
A menina corre desbravantes campos de flores.
A noite a chuva era intensa em sua chegada de morte tomará um copo de cólera do ribeiro vizinho.
Seu corpo despido em agosto, sua maneira de olhar, já não era a mesma, o brilho da magia acabou.
Ela foi agora para sempre, mesmo se houvesse um jeito de buscá-la, não voltaria.
Seus olhos esverdearam-se, agora um fogo morto.
Debaixo da macieira ela deitou, um jasmim sobre ela pousou;
No recanto da terceira margem do rio seu apelo lá ficou!

Por: Liartemis

quinta-feira, 8 de julho de 2010

* Felicitá *






* Felicitá *

Cada vez que me aproximo de você;
Uma energia me envolve e completa-me;
Penso se este acaso é devido ao fato de que estou apaixonada por você.

Mas eu quero me apaixonar por você;
Não teria pessoa melhor no mundo;
Quero sentir e quero que você sinta esse calor e tire a prova;

Não finjo e nem quero fingir;
Venha sentir esta verdade;
Vem sorrir comigo;
Seu corpo colado ao meu, assim é melhor de sentir;

Vem me fazer feliz;
E ser feliz também;
Meu coração não bate como antes;

Apenas sinta.

Por Liartemis









terça-feira, 2 de março de 2010

* Vida de Dor *



Vida de Dor

"Cada gota de sangue que escorre, és por ti satisfeito de amor.
Cabe a mim desfrutar agora, a vitória que nasce da dor.
A maldição que em mim germinava, aqui já não quero mais.
Este é o futuro que lhe desejo, em minha lápide escrevam: “... descanse em paz!".

Autora: Liartemis

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

* Uma Troca de Olhares *




* Uma Troca de Olhares *


O sol se põe no horizonte. Twilla  se arruma para mais uma das noites em que tenta encontrar os olhos que a fitaram na boate onde frequentava. Seu perfume tem o mesmo aroma do frescor das flores. Com seu vestido preto colado e curto, procura por suas sandálias de salto agulha. Após vestida, diante do espelho se maqueia. Lápis preto nos olhos e um batom vermelho rubro. Solta os cabelos e sacode apenas. Está pronta.
Chama um táxi e parte para sua procura. Ao descer em frente à balada é assediada, pois chama a atenção por onde quer que vá. Paga sua entrada e passa a ouvir apenas os ritmos das batidas de sons confusos. Caminha em direção ao bar e pede uma bebida. Em seguida anda pela pista a procura de uma mesa vazia. A boate está lotada, porém ao fundo ela vê uma mesa com uma pessoa apenas. Arrisca a pedir permissão para sentar-se. O homem estava de costas, ela o toca e pede licença.
Quando ele se vira, ela encontra o mesmo olhar que a acompanhara há poucos dias. Seu estado atônito desprende o homem de qualquer constrangimento, abrindo caminho para uma iniciativa. Ele a convida para sentar-se. Ela por sua vez se recompõe e diz que era isto que iria pedir mesmo, pois na boate não sobraram mesas. Pergunta então, se ele não espera por alguém.
Ele responde que, quem esperava já se encontrava na mesa.
Ela se constrange.
Ele diz que voltou para a mesma boate porque se sentiu atraído por algo em seu olhar, há algumas noites atrás.
Exitando um pouco, ela diz que sentiu o mesmo.
Depois de uma troca de olhares repletos de desejo, ele a convidou para se retirar dali.
Ela aceitou e perguntou se ele teria alguma sugestão.
Com um sorriso de canto, ele disse que não fazia a menor idéia, uma vez que estava completamente encantado diante daquele sorriso e dos grandes olhos castanhos. Não conseguia raciocinar direito.
Devolvendo-lhe o sorriso, ela o pegou pelas mãos e fez com que se levantasse. Antes de saírem, ela se aproximou dos lábios dele, como se fosse beijá-lo, mas recuou tão delicadamente como o fez para se aproximar. Um pouco frustrado, ele a encarou e viu a expressão arteira em sua face. Sorriu e a seguiu, tão logo ela se virou em direção à porta.
Quando ele se dirigiu ao manobrista, ela pediu que ele deixasse seu carro lá. Já sabia aonde iriam. Escolheu o parque da cidade, bem próximo da boate. Os dois caminharam pouco mais de cem metros, parando por alguns momentos para trocarem beijos cada vez mais calorosos. Ele não pode deixar de notar os seios, sem sutiã e com os bicos enrijecidos. Por sua vez, ela não fez questão de disfarçar quando olhava para ele, vendo-o já excitado. Na rua lateral, de acesso ao parque, ela encostou-se a um ponto da grade de proteção, olhou para os lados e puxou duas barras, obtendo um espaço suficiente para a passagem de ambos. Surpreso, ele imaginou que ela então já tinha o costume de fazer aquilo com outros homens e isso o excitou ainda mais.
O fato de a lua cheia estar despontando entre as nuvens, só fazia com que ele lamentasse que aquela fosse a última aventura daquela mulher deslumbrante. Ou pelo menos assim ele pensava, enquanto sentia os primeiros espasmos nos músculos das costas e ombros. Começava a transformação e ele parou devido a pequena vertigem que sentia. Ela se virou e quando ia perguntar o que estava acontecendo, viu os grandes olhos amarelos se revirando enquanto o maxilar se estendia. Vagarosamente, ela recuou alguns passos, tropeçando e caindo de costas em um banco.
Terminada a transformação, a fera ergueu a cabeça e soltou uma mistura de uivo e urro, olhando para a Lua. Um estouro... Um impacto... Ele fora atingido. Ainda teve tempo de olhar para ela, antes que desse o segundo tiro.
Prata.
As últimas palavras que ele ouviu:
― Achou mesmo que eu não sentiria seu cheiro de cachorro molhado, coisinha peluda? Farejei você na primeira noite em que te vi. Nada pessoal... Apenas negócios. Sua cabeça vai me ajudar a pagar a prestação de um carro novo. Tchauzinho...
E um terceiro tiro acabou com a troca de olhares.

Parceria de Liartemis e M. D. Amado

PS: Este conto foi originalmente produzido em parceria com M. D. Amado para o blog "ENTRE ELAS, UM AMADO!. 
www.entreelasumamado.blogspot.com

E agradeço muito esse maravilhoso autor pelo convite.

Beijos Soturnos!


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

* Vintage *


* Vintage *
 


   - Não consigo tirar sua imagem da minha mente. As batidas do meu coração estão cada vez mais ao seu ritmo. Mas seu olhar, esse sim, me deixa estática completamente paralisada sem ação.
E assim você me conduz em leves passos, para uma vagarosa dança.
Sinto uma enorme ansiedade em calcular o calor dos seus braços em torno do meu corpo semi-nu, e assim, colar seu corpo ao meu.
E beijar sua boca de uma forma faminta e inesquecível. Marcando, enfim, seu melhor beijo.
Não me incômoda ser a melhor, o que me incômoda é que você é o melhor para mim hoje...


Autora: Liartemis


PS: Imagem deste texto é criada e produzida pela autora, esta é a primeira vez que posto um texto com uma imagem que eu mesmo produzo .Pois à partir de 2010 farei que este Blog abrigue um apanhado de outras atividades que gosto de fazer.
Desejo à todos  deliciosos Beijos Soturnos!
by Liartemis 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

* Aracnamente minha *


O mini-conto que escrevi  "Aracnamente minha" saiu na REVISTA ELETRÔNICA
TERRORZINE - MINICONTOS DE TERROR
Nº 15
.
Organizado por Ademir Pascale e Elenir Alves.
      Baixem!           




* Aracnamente minha *



   Penélope tinha o mesmo sonho todas às noites. Sonhava com uma criatura que caminhava com uma destreza incomum no seu quarto. Enxergá-la era difícil, via-se somente sua sombra caminhando ao seu redor. Sabia que a criatura a observava sempre quando estava dormindo. O despertar vinha depois de uma súbita queda aparada por uma enorme teia. Mas essa noite a criatura não a deixa acordar... Essa noite foi diferente ela prendeu Penélope em um casulo.
   A frágil menina caiu na terrível armadilha da criatura e sentirá a dolorosa transformação. Penélope mudará seu modo de vida,irá se tornar uma aranha.E a aranha conseguindo a liberdade tomará o corpo e como dona assumirá a vida de Penélope.





Autora: Liartemis


sábado, 28 de novembro de 2009

* SEPARATUS *




* SEPARATUS *


Suas mãos gélidas tocam o corpo que já fora seu um dia.
Você ainda diz  as palavras apaixonantes que  um dia ouvi.
Sinto que choras sob minha face e suas lágrimas escorrem partindo de seus olhos até encontrarem-se  em meus seios.
 
***
Agora seguras a mão que já tocou seu sexo "aliás o noso sexo".
Mas agora pare, desejo apenas descansar em meu túmulo.
Devolva-me para meu sono eterno.
Assim quem sabe um dia eu chegue  à reencarnar te encontrando, assim para uma nova vida...


By Liartemis